A cirurgia bariátrica, comumente conhecida como redução de estômago, é uma técnica realizada no tratamento de obesidade quando o paciente não consegue perder peso de outras maneiras.

Consiste em uma alteração no sistema digestivo, com o intuito de diminuir a quantidade de comida tolerada ou ainda modificando o processo de digestão para diminuir a quantidade de calorias absorvidas pelo organismo, desta forma auxiliando na perda de peso.

Uma das cirurgias bariátricas mais realizadas no Brasil é o Bypass gástrico. Confira a seguir tudo sobre esta técnica.

Como funciona Bypass

Conhecido também como gastroplastia com desvio intestinal em “Y de Roux”, nesta técnica é realizado um grampeamento de parte do estômago e um desvio do intestino inicial. Resultando em menor ingestão de alimentos, aumento de saciedade e redução das calorias absorvidas pelo organismo, leva o paciente a uma perda de até 70% do peso inicial.

O Bypass gástrico é um tratamento seguro e eficaz para a obesidade e suas comorbidades.

Quem pode fazer cirurgia Bypass

O tratamento é indicado para um grupo específico de pessoas, são elas:

• Pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) igual ou superior a 40 kg.
• Pacientes com IMC superior a 35 kg e que possuem doenças associadas como diabetes, hipertensão, colesterol alto e outras que prejudiquem significativamente a qualidade de vida.

Cuidados pré-operatórios

Veja a seguir os principais cuidados a se tomar antes de realizar uma cirurgia bariátrica.

• Conhecer o histórico profissional do cirurgião;
• Visitar a clínica ou hospital onde a cirurgia será feita;
• Fazer todo o check-up pré-operatório;
• Emagrecer até 10% do peso nos meses anteriores à operação, para gerar mais segurança clínica — o organismo fica mais preparado;
• Fazer consulta com o anestesista para checar possíveis riscos e restrições;
• Manter por, pelo menos 15 dias antes da cirurgia, uma alimentação balanceada;
• Fumantes devem parar de fumar até 30 dias antes da operação;
• Realizar as consultas com equipe multidisciplinar — psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, gastroenterologista, nutricionista e demais, se necessário.

Cuidados pós-operatórios

Após a cirurgia também é necessário tomar certas medidas, algumas por um curto período de tempo e outras pelo resto da vida.

Repouso

Depois da cirurgia o paciente permanece internado por um período de 1 a 2 dias para acompanhamento. Após receber alta, o paciente ainda precisa ficar em repouso relativo por pelo menos um mês, ou seja, pode fazer atividades do dia-a-dia, evitando carga e esportes nesse período. O uso de uma cinta abdominal durante este período não é obrigatório.

Alimentação

Durante as seis primeiras semanas a alimentação será dividida em:

• Por 15 dias: dieta líquida;
• Após 15º dia: dieta pastosa;
• Assim que permitido pela equipe médica: dieta sólida gradual.

Refrigerantes e bebidas gasosas, assim como alimentos gordurosos ou acido devem ser evitados ao máximo por pessoas que passaram por uma redução do estômago.

Uso de medicamentos

Os medicamentos pós-operatórios serão recomendados de acordo com a necessidade do paciente. É muito importante seguir corretamente as prescrições médicas.

Uso de suplementos alimentícios

Devido ao procedimento que reduz a absorção de calorias e nutrientes, para evitar possíveis deficiências nutricionais, é necessário o uso de suplementos por um período prolongado ou ainda pelo resto da vida.

Acompanhamento multidisciplinar

Uma equipe multidisciplinar que inclui psicólogo, psiquiatra, endocrinologista e outros profissionais, deve acompanhar a evolução do paciente para monitorar e se preciso intervir com medicamentos para que o estado de saúde permaneça estável.

Este acompanhamento é necessário tanto para a recuperação quanto para impedir que o paciente volte a ganhar peso, algo que pode acontecer com pacientes que realizam redução de estômago, mas não seguem as recomendações médicas.